REGENERAÇÃO CAPILAR
O QUE FAZER PARA CORRIGIR A QUEDA DO CABELO DIANTE AS AÇÕES DO TEMPO?
Há todo tempo células e tecidos sofrem ações do tempo, por produtos químicos, doenças, genética, estilo de vida, processos culturais, formas pensamento, medicamentos. E com o cabelo não é diferente.
As ações mecânicas externas e ações de causas internas podem resultar em danos e perdas dos folículos capilares, ocasionando a perda do cabelo, total ou parcialmente.
O cabelo marcou várias épocas da nossa história, dando ao homem sinônimo de força e remetendo a mulher a sensualidade. Logo, a calvície ainda é na atualidade o maior pesadelo de homens e mulheres. Toda via, o cabelo é o reflexo da saúde emocional. Se eles estão mal, pode ser sinal de que algo não está bem.
A Perda do cabelo contribui para o desenvolvimento dos problemas emocionais, baixo autoestima, isolamento social, absenteísmo.
O cabelo forma uma barreira de proteção para a pele das possíveis agressões externas e é também responsável por manter a temperatura ideal do corpo, prevenindo contra as atuações do calor e Frio.
COMO OCORRE A QUEDA DO CABELO ?
Os folículos pilosos se desenvolvem durante os primeiros anos de vida uterina, em várias regiões do tecido epitelial, menos nas regiões plantares, nas palmas das mãos e certas áreas genitais e lábios.
O cabelo faz parte do folículo pilo sebáceo, classificados em: Pele lanugem, finos, presentes na face e em Pelos terminais, características grossas, encontrado no couro cabeludo e púbis.
O Folículo piloso é um órgão epitelial composto pelo cilindro epitelial constituído por Queratinócitos, células Mesenquimais da papila dérmica e pela bainha dérmica. É na parte inferior do folículo que se encontra o bulbo capilar responsável pela produção do pelo e por nutrir na fase de crescimento devido a sua vascularização.
São os Melanócitos existentes na matriz do bulbo capilar que se encarregam de sintetizar e levar a cor do cabelo da raiz até a haste. A cor do cabelo se dá pela presença de melanócitos localizados entre as células epiteliais da raiz do folículo, onde é produzido a melanina.
Os cabelos crescem e se renovam obedecendo o ciclo de desenvolvimento natural, em quatro fases. A fase Anágena, corresponde a primeira fase do desenvolvimento capilar, também conhecida como fase mitótica; nesta fase o bulbo está aderido à derme, que nutre o fio dando sustentabilidade durante o crescimento dos fios de cabelo. Após, inicia-se a fase de transição, a Fase Catagena, onde decorre a Apoptose celular. O fio começa a se desatrelar da derme, dando abertura para a produção de células germinativas. A terceira fase, está atrelada a fase Telógena, conhecida como fase de Repouso. Nesta fase o fio se desprende totalmente e cai. Esse processo ocorre devido à grande atividade mitótica, gerando um novo ciclo na fase Anágena.
No entanto, diante as alterações no micro ou macroambiente e por invasores patógenos, podem compelir a fase Exógena, onde o fio cai e o folículo piloso fica sem fio. Processo conhecido como Alopecia.
As causas podem esta associada ao período pós-parto, contraceptivos orais, febre, dieta de emagrecimento, deficiência proteica, deficiência de ferro e zinco; Estresse, doença sistêmica, dermatite. Entre muitos outros fatores.
Além da dilatação do orifício pilossebáceo ocasionada pela presença de corpos estranhos que obstruem os folículos.
A Alopecia, é a ausência ou diminuição dos pelos, pode ocorrer em qualquer área que contenha pelos, podendo ser de iniciativa congênita, hereditária ou adquirida. A Alopecia congênita e hereditária se desenvolve antes do nascimento ou meses após. Podendo haver destruição do folículo piloso, visto em determinadas síndromes.
A Alopecia adquirida esta subdividida em duas categorias, sendo cicatricial ou não cicatricial. A cicatricial é a destruição do folículo piloso derivado pelo trauma físico ou químico, que geram lesões profundas no couro cabeludo, como visto em queimaduras, radiações, infecções graves, tumores. A forma não cicatricial advém das puxadas feitas durante um penteado com repuxes agressivos, uso de grampos, elásticos e presilhas de uso rotineiro pelas mulheres.
Porém, a queda de cabelo, mesmo desenvolvida por fatores hereditário, pode não se manifestar até que ocorra um evento de forte repercussão emocional. O estresse está diretamente associado como o desenvolvimento dessa manifestação clínica.
A Forma pensamentos diária são responsáveis pelo acúmulo das emoções, As emoções interferem diretamente no sistema nervoso enviando mediadores químicos como respostas as suas ações, de forma a destruir ou regenerar as células afetadas pelo acumulo de energia.
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COMO CORRIGIR A QUEDA DE CABELO COM TRAÇÃO CICLICA?
A proliferação e diferenciação celular pode ser ativada pelo estímulo mecânico. Logo, a terapêutica tração cíclica, acontece a partir de um estímulo mecânico influenciando na proliferação, diferenciação e migração celular, definidos pelo equilíbrio e o reparo tecidual.
A Terapêutica tração cíclica acontece com o uso de uma ferramenta adequadamente projetada e elaborada para aplicação no tecido epitelial de forma mecânica a alongar e estirar o tecido para aguçar a proliferação das células tronco capilar sucedendo a regeneração do cabelo.
O Estímulo mecânico para a Regeneração Capilar a partir do órgão Fascial, transcorre devido sua função. A Fáscia tem função, estrutura, composição diferentes de acordo com o local do corpo que ela esteja; ponderando a hipótese de especificidade.
A Fáscia é uma camada fibroblastica facilmente esticada em várias direções, com retorno ao seu estado inicial. Visto que a fáscia superficial envolve as alterações pela termorregulação, fluxo linfático, circulação venosa, percepção da pele, favorecendo a organização estrutural do subcutâneo e a atuação mecânica da Fáscia superficial e retinóculos em diferentes áreas corpórea, podem induzir a qualidade e eficácia das respostas ao tratamento manual aplicado.
O Alongamento cíclico, acontece de forma onipresente no corpo, impulsionado pelos movimentos fisiológicos, batimentos cardíacos, insuflação pulmonar, peristaltismo intestinal. De forma que os fibroblastos se reconduzem de forma perpendicular à direção do alongamento, induzindo a resposta ao evento de cicatrização, regeneração de tecido angiogênese e morfogênese. O Alongamento uniaxial estático faz com que as células migrem em direção do alongamento.
Durante o processo do alongamento do tecido epitelial, tração cíclica, acontece o recrutamento de macrófagos M1, pela produção de Quimiocinas, exacerbando as células Troncos e auxiliando a regeneração capilar por meio do processo inflamatório por possíveis respostas a força empregada por defesa, quimiotaxia, respostas imunológicas, induzidos pela técnica empregada e a proliferação de Macrófagos.
Os Macrófagos são indispensáveis para a regeneração capilar, por causa de sua função de destruição que acontece a partir do recrutamento de Macrófagos M1 e a função de reparos exercidas por Macrófagos M2, esses Macrófagos produzem fatores de crescimento como os Fibroblastos, Hgf, Igf 1; no momento da ativação das células troncos ciliadas durante a transição da fase Telógena – Anágena, motivando a regeneração do cabelo e seu crescimento.
A Presença de Macrófagos M2, tem potencial terapêutico importantíssimo na cura de inúmeras doenças, assim como ocorre no tratamento para cicatrização de feridas, justificando seu papel na regeneração capilar. Quando acionados, habilitam as Células Troncos do folículo capilar para que possam detectar a lesão na pele e regenerar.
Para que o resultado da regeneração capilar aconteça, o alongamento mecânico deve ser aplicado por um equipamento devidamente projetado para acontecer o estiramento do tecido a partir de uma força adequada de 33 % sobre a pele, no intervalo de 7 dias. Por um profissional qualificado.
As fases do cabelo são comedidas por indicadores intrafolicular e macroambiente, são ativadores e inibidores celulares que respondem a tração cíclica, induzindo a regeneração do cabelo sem resultar danos as células.
REFERÊNCIA
https://www.nature.com/articles/s41467-019-09402-8
https://jbiomedsci.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12929-020-0624-8
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jcmm.14314